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MAMOGRAFIA REDUZ 41% O RISCO DE MORTE POR CÂNCER DE MAMA
Na Suécia, a recomendação relativa à triagem do câncer de mama é o rastreamento mamográfico de mulheres de 40 a 54 anos a cada 18 meses. Já para pessoas entre 55 e 69 anos, a triagem é recomendada a cada 24 meses. Com esse cenário analisado, um grande estudo sueco divulgou novos dados sobre a triagem mamográfica para câncer de mama. Até agora, os dados têm sido um pouco conflitantes sobre a triagem por mamografia. Porém, segundo a pesquisa sueca, esta triagem reduz a taxa de câncer de mama avançado e fatal. Este estudo foi publicado na revistaCancer, da American Cancer Society.
Algumas evidências anteriores sugerem que o rastreamento generalizado do câncer de mama pode detectar mais tumores pequenos e de crescimento lento que dificilmente serão fatais, mas não reduzirão o número de casos de câncer diagnosticados em estágio avançado. Porém, este novo estudo sueco refuta essa visão.
Os pesquisadores afirmam que a realização de mamografias períodicas reduz o risco de morte por câncer de mama em 41% dentro de 10 anos após o diagnóstico. Além de reduzir as mortes por câncer de mama, os pesquisadores também encontraram uma redução de 25% na incidência de câncer de mama avançado.
Métodos do estudo
Foram analisadas 549.091 mulheres (cobrindo aproximadamente 30% da população sueca elegível para triagem) que foram submetidas a mamografia regular. Entre elas, os autores calcularam as taxas de incidência de 2473 cânceres de mama fatais dentro de 10 anos após o diagnóstico e a taxa de incidência de 9737 cânceres de mama avançados.
Os dados referentes a cada diagnóstico de câncer de mama, a causa e a data da morte de cada caso de câncer de mama foram coletados nos registros nacionais suecos. Já as características do tumor foram coletadas em centros regionais do país.
Este estudo se baseia em pesquisa anterior de um único condado da Suécia que encontrou uma incidência 60% menor na taxa de mortalidade por câncer de mama em 10 anos para as mulheres que participam da triagem em comparação com as mulheres que não o fizeram. Com a nova pesquisa, a equipe liderada por Stephen Duffy, PhD e Dr. László Tabár procurou determinar se encontrariam resultados semelhantes em uma população maior.
Veja mais: Pesquisa diz que mulheres preferem mamografias anuais em vez de triagem bianual
A importância da mamografia para a detecção precoce do câncer
O estudo atual confirma os resultados do estudo anterior de menor proporção. “Nossa avaliação dos resultados demonstrou que as mulheres que participaram da triagem e que tiveram o câncer de mama diagnosticado em estágio inicial se beneficiaram muito mais da terapia de ponta existente no momento do diagnóstico e durante o período de nossa análise comparado com as mulheres que não compareceram à triagem”, observaram os autores. “A detecção em um estágio inicial pela participação na triagem mamográfica resulta em uma redução significativa no risco de morte por câncer de mama”, afirmam.
Como citado anteriormente, as mulheres que participaram da triagem por mamografia tiveram uma redução estatisticamente significativa de 41% no risco de morrer de câncer de mama em 10 anos e uma redução de 25% na taxa de risco de câncer de mama avançado. De acordo com a pesquisa, esses benefícios pareciam ser independentes das mudanças recentes nos regimes de tratamento.
“Alguns podem acreditar que melhorias recentes no tratamento do câncer de mama tornam a detecção precoce menos importante”, disse o pesquisador Tabár. “Nosso estudo mostra que nada pode substituir a descoberta precoce do câncer de mama“.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos. Mas, o exame pode ser solicitado em qualquer idade, a critério médico. O ideal é conversar com seu médico, que vai traçar a estratégia de rastreamento mais eficaz para você.
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