Em muitos quadros câncer de demama, a radioterapia é parte fundamental do tratamento. Ela atua como adjuvante e complementa as intervenções da cirurgia, da quimioterapia ou de ambas, contribuindo para diminuição de chances de recidivas da doença e para o aumento do tempo de sobrevida da paciente.
No entanto, assim como outros tratamentos, a radioterapia pode ter efeitos adversos, muitos deles no local da aplicação da radiação utilizada para destruir as células do tumor. É comum, por exemplo, que a mulher apresente sensibilidade e descamações na região.
Agora, um estudo publicado na JAMA Oncology, em maio de 2022, mostra que mulheres com seios grandes podem se beneficiar da posição de prona (ou seja, de bruços) na radioterapia, em vez da tradicional posição de supino (ou seja, com o peito voltado para cima).
De forma resumida, existem dois tipos de radioterapia para o tratamento de câncer de mama: a externa e a intraoperatória. O primeiro tipo, como o próprio nome indica, é aplicada externamente sobre a área afetada pelo tumor.
A avaliação da área de aplicação depende de uma série de fatores (como realização ou não de mastectomia e presença de sinais do tumor nos linfonodos da axila). Esse é o tipo mais comum de utilização da radiação nos quadros de câncer de mama.
Embora cada caso demande um número específico de aplicações, em média, o tratamento com essa alternativa dura entre 3 e 7 semanas, com aplicações 5 dias por semana. A aplicação da radioterapia externa é feita numa máquina similar a um aparelho de raio x, no qual usualmente a mulher deixa na posição supina (ou seja, com os seios para cima).
Já a radioterapia intraoperatória é aplicada durante a cirurgia de remoção do tumor. Com isso, seu uso é mais criterioso e limitado. Por outro lado, a aplicação se restringe a uma única vez.
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